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2ª onda de renegociação de aluguel pode começar em novembro


Foto: xb100 | freepik

Em março, assim que teve início a pandemia do novo coronavírus, o mercado imobiliário enfrentou uma grande onda de negociações no contrato de alugueis.


Se de um lado estavam os inquilinos, preocupados em não conseguir honrar com o aluguel após redução salarial, do outro estavam os proprietários, temerosos em não receber o montante acordado por mês. E os responsáveis por intermediar essa relação foram as imobiliárias.


Inclusive já falamos sobre o assunto à época, quando respondemos às principais dúvidas dos nossos clientes e parceiros relacionadas às negociações, inadimplências, etc.


Oito meses se passaram e muita coisa mudou. O isolamento social foi flexibilizado, as empresas começaram a voltar à normalidade e a economia foi se recuperando. Mas fato é que a pandemia não acabou. E o IGP-M acumulado chegou a 20,93%.


Segundo especialistas do setor, esse cenário pode acarretar em uma nova onda de renegociações nos contratos de aluguel a vencer em novembro e dezembro. Entenda o porquê neste post e como proceder se você for inquilino ou proprietário de imóvel.


Como o IGP-M influencia no valor do aluguel


Enquanto o IPCA acompanha a variação de preços de itens que fazem parte da cesta de consumo das famílias — e não das empresas —, o IGP-M, calculado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), acompanha os preços das famílias e das empresas, sendo considerado mais abrangente.


Para quem não sabe, o IGP-M é apelidado de “índice do aluguel” ou, ainda, “inflação do aluguel”. Isso porque ele é um dos indexadores mais utilizados em contratos de locação.


Isso significa que os valores dos alugueis são corrigidos com base no IGP-M. E o indicador acumula alta de 18,10% em 2020 e 20,93% nos últimos 12 meses, percentual bem acima do índice de inflação oficial do país, o IPCA, que foi projetado para algo em torno de 3,14% ao fim deste ano.


Com isso, a tendência é de que os aluguéis aumentem e o novo valor pese no bolso dos inquilinos. Ainda mais considerando que muitas famílias foram surpreendidas pelo desemprego causado pelo novo coronavírus ou tiveram o pagamento reduzido.


Mas, do outro lado, também há proprietários que sofreram com a inadimplência ou forneceram descontos não previstos e que agora estão contando com o reajuste do IGP-M para recuperar seus ganhos. Então, o que fazer diante desse novo cenário que se projeta para novembro e dezembro?


Reajustar (ou não) o aluguel conforme o IGP-M?


Como a pandemia da Covid-19 derrubou a renda de milhões de brasileiros, tem sido bastante comum pedidos de desconto na taxa do reajuste dos inquilinos — e uma maior aceitação pelos proprietários.


A dica é para que haja flexibilidade, até porque o IGP-M não precisa ser seguido à risca. Por mais que a situação não seja favorável, é importante que os proprietários estejam abertos à negociação para não perder seus inquilinos e inclusive ter de baixar o valor dos seus aluguéis para voltar a locar.


E, na outra ponta, é importante que inquilinos façam a sua parte: cuidem do bem como se fosse seu e paguem o aluguel e outras obrigações que podem estar previstas em contrato.


Um bom relacionamento entre as partes é fundamental para uma negociação de sucesso. E a Juste Imóveis está preparada e atenta para intermediar negócios que sejam frutíferos para ambos os lados.

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